No fundo eu
não queria que vocês se conhecessem, havia medo (sempre há), dentro de mim
sobre o seu ponto e vista critico sobre ela. Sobre as várias avaliações que
faria sem ao menos pergunta-la o nome dela, e não suportaria a ideia de vê-la frustrada
por um adulto não ouvir suas piadas..
No entanto,
ambos me fizeram deixar que isso ocorresse. Tudo correu como não-planejado, surgiu
a oportunidade e deixamos levemente o destino se encarregar de apresentar vocês
dois.
O meu maior
tesouro, a minha maior motivação, é sempre zelar pela felicidade dela acima de
tudo, foi educar, amar incondicionalmente, passar noites em claro observando o
que seria de você quando um dia eu faltar e tiver a certeza que eu fui a melhor
sua mãe do mundo, a melhor em te fazer feliz, em te educar dentro dos princípios,
em te fazer um “ser-humaninha” melhor para o mundo.
Eu observei
todo desenrolar das piadas.. Da quase-nenhuma afinidade com criança ser
colocada em prática, de como vocês são especiais pra mim, se nada desse certo
eu já estava feliz que ele tenha observado e participado desse momento tão
pequeno e familiar. É o segundo lado de alguém, não é a mulher que estava lá e
sim à mãe daquela situação, contornando os pulos e os palavrões.
Ela tem o
meu jeitinho de olhar, as minhas respostas afiadas, ela tem o sorriso engraçado
e a felicidade em pequenas coisas, assim como eu desejei que fosse desde o
inicio da minha vida materna, ela me compreende com o olhar, é a minha melhor
parte e era a última coisa que ele precisava conhecer para ter me conhecido por
completo.
Foi leve,
foi engraçado vê-lo em uma situação a qual você não controlou por completo,
mais se saiu muito bem. Deu seu melhor em interagir, deu sua atenção, me deixou
feliz e com a carteira vazia rs..
Voltamos
para casa sem perguntas, os bonecos estavam felizes e ela pulava de um lado
para o outro no banco de trás dando um nome para cada um e lhes contando como
seria divertido chegar em casa e conhecer os outros amigos...
Lembrei-me
que tinha apagado seu telefone, e não daria para avisa-lo que “chegamos” ...
Mas mais que isso, o telefone era apenas um meio de comunicação pequeno se
comparado quando o olhar fala mais do que se precisava sentir.